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domingo, 29 de junho de 2014

DEFESA CIVIL CONTABILIZA MAIS DE 2 MIL DESABRIGADOS E DESALOJADOS EM SC.


Número de cidades catarinenses que registraram prejuízos chega a 34.
14 municípios assinaram decreto de emergência até a noite deste sábado.


Do G1 SC

Casa fica destruída após chuvas em Ponte Serrada (Foto: Eduardo Cristofoli/RBS TV)Casa ficou destruída após chuvas em Ponte Serrada (Foto: Eduardo Cristofoli/RBS TV)












A Defesa Civil de Santa Catarina já contabiliza cerca de 2,2 mil pessoas entre desabrigados e desalojados em 34 municípios catarinenses que comunicaram prejuízos com a chuva forte que atingiu o estado nos últimos dias. Conforme a entidade, até as 21h30 deste sábado (28), 14 cidades haviam decretado situação de emergência. Em relação ao último relatório, emitido às 15h, mais duas cidades enviaram o pedido ao órgão estadual: Rio do Sul, no Vale do Itajaí, e Cordilheira Alta, no Oeste.
Rio do Sul registra alagamento em mais de 10 bairros (Foto: Orlando Pereira/Divulgação)Rio do Sul registra alagamento em mais de 10
bairros (Foto: Orlando Pereira/Divulgação)
Até as 15, outras 12 cidades haviam decretado situação de emergência, todas do Oeste: Joaçaba, Palmitos, Rio das Antas, Herval do Oeste, Presidente Castelo Branco, Lageado Grande, Piratuba, Planalto Alegre, Itá, Capinzal, Itapiranga e Videira, Águas de Chapecó, Mondaí, São Carlos, Tangará, Abelardo Luz, Macieira, Concórdia, Ouro, Caçador, Passos Maia, Chapecó, Guatambu, Seara, Taió, Lacerdópolis, Timbó Grande, Irani, Água Doce, Lages e Cerro Negro.
O secretário de Defesa Civil do estado, Rodrigo Moratelli, passou a última noite no Oeste monitorando a situação na cidade de Arvoredo, onde parte dos moradores precisaram sair de casa após o rompimento de uma barragem na região. Porém, de acordo com a Defesa Civil estadual, as águas chegaram ao município de Arvoredo com menos intensidade que previsto, aproximadamente às 2h da madrugada deste sábado (28).
Casas ficaram submersas até o telhado em Águas de Chapecó (Foto: Reprodução/RBS TV)Casas ficaram submersas até o telhado em
Águas de Chapecó (Foto: Reprodução/RBS TV)
No início da tarde deste sábado (28), o secretário se reuniu com prefeitos do Oeste em Joaçaba para conversar sobre a situação da região. "Nós vamos gerenciar os planos de trabalho para poder sensibilizar o governo federal, conseguir recursos e rapidamente restabelecer o cenário", disse ele. 
Segundo a Central Meteorológica da RBS, a chuva diminuiu ao longo deste sábado (28) e o domingo deve ter chuva, mas com menos intensidade. Além disso, ainda há risco de deslizamentos alagamentos em algumas regiões.  

Oeste
O Oeste concentra o maior número de municípios com ruas alagadas e deslizamentos. A maioria dos moradores compara esta enchente com a registrada na região em 1983, há 31 anos, quando a água atingiu níveis semelhantes. De acordo com a Defesa Civil, 13 das 14 cidades com decreto de emergência são da região e o número pode subir nos próximos dias.
Em Águas de Chapecó, cidade de 6 mil habitantes conforme o IBGE, mais de mil pessoas foram afetadas. O nível do Rio Chapecó subiu mais de 9 metros e parte das casas ficou coberta pela água até o telhado. 
Em Itapiranga, outra cidade que está entre as que contabilizam os maiores prejuízos, o rio transbordou e parte da cidade foi alagada. O vídeo feito pela Agencia Aoê mostra a água invadindo uma das principais ruas do município (veja ao lado).
Em Ponte Serrada, três casas desabaram e os moradores da rua inteira precisaram sair de casa. Na mesma cidade, uma barragem rompeu e parte da cidade de Arvoredo precisou ser evacuada. 
Além disso, mais de 250 famílias foram afetadas pela chuva em Lacerdópolis. Destas, 15 estão fora de casa. Um dos atingidos é o aposentado Francisco Basotti, que teve que abandonar a casa construída ao longo de mais de 30 anos.
Vale do Itajaí
Além do Oeste, neste sábado (28), o Vale do Itajaí começou a registrar alagamentos. De acordo com a Prefeitura de Rio do Sul, na últimas 24 horas a chuva se intensificou chegando ao acumulado de 44 mm de precipitação. Famílias começaram a ser removidas com maior intensidade às 5h da madrugada deste sábado. Cerca de 258 pessoas estão relocadas em sete abrigos públicos. Mais de 10 bairros da cidade foram afetados pelas águas e a Defesa Civil orienta a população que vive em áreas de até 10 metros de altitude a sair de casa.
O diretor da Defesa Civil James Rides afirma que as cidades Taió, Rio do Oeste e Laurentino também estão atenção. Em Taió, cerca de 150 pessoas deixaram suas casas e as sete comportas da barragem do município foram fechadas para diminuir a vazão das águas do Rio do Oeste. “Elas estão sempre abertas, a medida que tem alerta de cheias nós vamos fechando. A quinta comporta foi fechada às 5h da manhã e a sexta e sétima foram fechadas às 6h [desse sábado”, explica Márcio Farias, coordenador da Defesa Civil de Taió.
Segundo ele, 40 famílias foram para casa de amigos e familiares e quatro estão em abrigos, todas elas de área de inundação. Os bairros Seminário e Vitor Konder são os mais atingidos, mas no bairro Vila Mariana e Padre Eduardo famílias também foram atingidas. A última medição, feita ao meio dia, o rio estava com 8,8 metros. A expectativa da Defesa Civil municipal é que a situação começa a se normalizar a partir da tarde deste sábado (28). “Estamos monitorando, mas as pessoas que precisavam ser removidas já foram”, explica Farias.
Serra
A Defesa Civil municipal de Lages, na Serra, confirmou na tarde deste sábado (28) que os quatro rios que cortam a cidade transbordaram. Ao menos 60 famílias foram retiradas de suas casas e transferidas para abrigos.
O rio Carahá, que atravessa a região central da cidade, começou a transbordar no fim da noite de sexta-feira (27). Ele é atingindo pelas águas represadas do Rio Caveiras que também atingem o rio Ponte Grande e o rio Passo Fundo.
De acordo com o vice-coordenador da Defesa Civil municipal, Mushue Hampel Vieira, mais de 100 pessoas estão em abrigos públicos. “São 35 bairros atingidos em toda a cidade. Temos três abrigos grandes na região central", disse.
Norte
No Norte, a Defesa Civil monitora a ocorrência das chuvas desde quinta-feira, mas nenhuma ocorrência foi registrada até a noite deste sábado (28).  As autoridades orientaram as cerca de 60 famílias ainda desabrigadas desde a enchente que atingiu a região há cerca de 20 dias a permanecerem nos abrigos.
O Rio Negro, que corta a cidade de Mafra, atingiu 3,77 metros, sendo que o nível de atenção é acima de cinco metros. Por enquanto, não há sinal de alagamento, mas a Defesa Civil está em alerta.
Em Porto União, o Rio Iguaçu subiu apenas cinco centímetros a chuva foi bem distribuída e não há previsão de alagamentos. Em Canoinhas, os rios que cortam a cidade voltaram para o leito e se mantêm em 4,90 metros. O nível de alerta na cidade é de 5,30 metros. Em Rio Negrinho, primeira cidade onde os rios baixaram após chuvas no início de junho, também não há preocupação com o rio, pois chuvas foram bem distribuídas.
Sul
No Sul, um deslizamento de terra foi registrado na rodovia que liga Orleans a Tubarão. Uma pedra de cerca de quatro metros deslizou e acabou caindo na rodovia.
A polícia pede que as pessoas evitem o trecho já que há risco de novos deslizamentos (veja vídeo).

 Previsão do tempo
Segundo a Epagri/Ciram, o domingo (28) deve ser de chuva, mas com menos intensidade. As precipitações devem ficar entre 20 e 70 mm principalmente no Oeste e Sul. 
De acordo com a Central Meteorológica do Grupo RBS, o ciclone extratropical que se formou na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul pode causar ressaca com ventos acima de 100 km/h. Porém, o mesmo ciclone deve fazer com que a chuva diminua ao longo do domingo. Já na segunda-feira (30) há previsão de tempo seco. 
A Defesa Civil afirma que ainda há risco de alagamentos, inundações, enxurradas e deslizamentos  no Oeste e Vale do Itajaí.
Rodovias
Na noite deste sábado (28), algumas rodovias estaduais e federais seguiam bloqueadas por quedas de barreiras ou alagamentos. A ponte de Goio-Ên, na divisa entre Santa Catarina e Paraná, conforme a polícia, foi liberada, já que a água baixou.
Na BR-280, na Serra de Corupá, a pista cedeu no km 93 e o trecho continuava interrompido às 21h30, sem previsão para liberação. A BR-116, em Capão Alto, que à tarde estava com bloqueio, à noite estava totalmente livre, com as duas pistas liberadas.
A BR-282 registrava fissura na pista de cerca de 10 cm no km 273 km, no trecho de Campos Novos, situação monitorada pelo Denit, segundo a PRF. Já o Km 293, que registrava afundamento na pista, não estava interditado, mas a PRF ainda aguardava o posicionamento do Denit. A BR-470, que registrava barreira no km 157, próximo a Concórdia, também estava liberada.
Já as rodovias estaduais, segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), quatro dos nove pontos que estavam interditados foram liberados, mas cinco continuavam fechados às 22h:
Na SC-283, no km 24 o trânsito seguia em meia pista devido a uma depressão na pista. Na SC-390 uma barreira bloqueava a passagem no km 33,300.
Na SC-155, o trânsito permanecia interrompido por rachaduras na pista no km 133,950. A SC-283, trecho entre Palmitos e Águas de Chapecó, continuava interditada e intransitável, segundo a PMRv.

Na rodovia SC-469, km 7,1, em Alto Bela Vista, e a SC-480, km 164,300, em Chapecó, estavam liberadas à noite. As rodovias SC-283, km 33,6, em Itá, e SC-283, km 67,476, em Seara, também foram liberadas.
Aulas canceladas
Alunos da rede pública estadual de 64 municípios catarinenses tiveram as aulas canceladasnesta sexta devido às fortes chuvas que atingem o estado, principalmente no Oeste. O número de educandários é superior a 220, segundo a Secretaria de Estado da Educação. A Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) também suspendeu as aulas.
A previsão é que as aulas sejam retomadas na próxima segunda (30). De acordo com a Secretaria, as aulas foram canceladas nas cidades de Videira, Fraiburgo, Iomerê, Pinheiro Preto, Concórdia, Peritiba, Ipira, Irani, Alto Bela Vista, Piratuba, Presidente Castelo Branco, Joaçaba, Herval d’Oeste, Capinzal, Ouro, Lacerdópolis, Erval Velho, Luzerna, Ibicaré, Jaborá, Catanduvas, Vargem Bonita, Água Doce, Arabutã, Arvoredo, Ipumirim, Itá, Lindóia do Sul, Paial, Seara, Xavantina, Guatambu e Nova Itaberaba
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