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domingo, 2 de novembro de 2014

DÉBORA NASCIMENTO SABE QUE SUA PRIMEIRA VILÃ TEM PODER PARA SER SENSUAL.

Apesar disso, atriz aposta na maldade e na ambição para fazer o papel crescer

PAULO RICARDO MOREIRA/cbm
'Se não tiver ambição, a pessoa não vai para frente. Mas ela tem seu lado negativo'
Foto:  Maíra Coelho / Agência O Dia
Rio - Chega de mocinhas românticas, ingênuas e sofredoras. O momento é de Débora Nascimento mostrar que pode botar as garras de fora e ser venenosa. Aos 29 anos, a atriz paulistana está ansiosa para encarnar, pela primeira vez, uma vilã, a Sueli, em ‘Alto Astral’, nova novela das 19h, que estreia amanhã na Globo. Como a secretária ardilosa, Débora vai ser amante e cúmplice das armações do personagem de Thiago Lacerda, Marcos, médico inescrupuloso e herdeiro de um grande hospital. 
“Ela tem um caráter duvidoso. Faz de tudo para se tornar a primeira-dama do hospital. Renega totalmente a família, por ser de origem humilde. Tem vergonha da mãe, Aurélia (Ana Carbatti), que é empregada doméstica. Ela é bem ardilosa, adora fazer picuinhas com os outros. Eu estou adorando, me divertindo à beça!”, vibra a atriz, que não vê a hora de estar na tela. “Estou curiosa para saber como as pessoas vão reagir. Sou o oposto da Sueli.”
A ambição de Sueli é melhorar de vida. Nem que, para isso, ela tenha que passar por cima de todos para ficar com o médico. Para Débora, o desejo de alcançar determinado objetivo é sempre válido, mas na dose certa. “Se não tiver ambição, a pessoa não vai para frente. Mas ela tem seu lado negativo. Você pode fazer coisas amorais. Acho uma pena se isso acontece. Pra mim, a questão não é o que você quer, é o caminho que você faz para chegar lá”, teoriza. 
Diferentemente dos últimos personagens da atriz, Sueli não tem um grande apelo sensual — inclusive, aparece quase sempre de cabelos presos e vestindo uniforme. Mas Débora diz que a secretária sabe “o tamanho que tem” e usa seus atributos como lhe convém. “Ela se sente poderosa. Mas no fundo não é. Sabe que não é aquilo tudo.” 
A trama de Daniel Ortiz, com supervisão de Silvio de Abreu, tem um toque sobrenatural. Personagens como o médico Caíque (Sérgio Guizé), irmão de Marcos, e a trambiqueira Samantha (Claudia Raia) possuem o poder de falar com os espíritos. Se Sueli também vai ter algum contato com o além, Débora ainda não sabe, mas garante que o tema está sendo abordado com respeito: “Acho que a novela não peca pelo excesso, é mais leve. O assunto não é tratado como doutrina.” 

Envolvida nesse clima de espiritualidade, a atriz acredita que a vida não acaba aqui. “O amor tem um vínculo forte, que perdura. A vida não é um fim. A gente aprende para poder evoluir”, diz ela, acrescentando que já estudou sobre budismo, espiritismo e catolicismo. “Sou muito curiosa. Presto atenção em tudo. Sou contra o machismo que algumas religiões pregam, que a mulher foi feita para ficar em casa, fazendo comida, cuidando do homem, que foi feita para procriar.” 
Filha de uma evangélica, ela já frequentou a igreja da mãe, mas sua busca não parou por aí. “Fui ao budismo, a centro espírita, experimento de tudo. Comigo não funciona fazer uma coisa só. Não gosto de entrar numa caixinha e ficar fechada lá. Estou louca para ir à Índia, fazer retiro espiritual, conhecer a religião, meditar”, conta. 
Apesar de tanta curiosidade, Débora nunca consultou gurus e oráculos para saber o futuro. “Na verdade, não acredito muito em videntes e premonições. Acho que o que tiver que acontecer vai acontecer. Não preciso saber, ainda mais na minha profissão, na qual a gente tem que fazer muitos testes e preparações para um trabalho. Deixo a coisa fluir”, explica. 
Na vida pessoal, aliás, as coisas estão fluindo muito bem. A atriz já se considera casada com o também ator José Loreto, 30, com quem divide o teto há um ano. O casal começou a namorar em 2012, quando fazia a novela ‘Avenida Brasil’.
Ela e José Loreto em ensaio nu para o fotógrafo Mario Testino publicado na revista ‘Vogue’ em 2013
Foto:  Divulgação
“Tive a sorte grande de ele aparecer na minha vida”, assume ela, revelando que o namorado repete em casa as declarações de amor que faz no programa ‘Amor & Sexo’. “Não é brincadeira, não! Ele faz isso diariamente. Sou apaixonada por ele. José é engraçado, não tem pudor, ao mesmo tempo é ingênuo. Então, ele se joga, não tem filtro nenhum”, derrete-se a atriz, que, enquanto posava para as fotos desta edição no Projac, foi surpreendida pela chegada do namorado. “Que linda!”, disparou ele ao vê-la, para em seguida trocarem um selinho. 
Por enquanto, o casal não pensa em oficializar a união. “A gente não tem pressa de fazer uma cerimônia, uma festinha. Não temos data nem lugar ainda. A gente não quer gastar muito dinheiro ou chamar pessoas que não fazem parte da nossa história só para posar na foto. Acho que talvez seja uma festa tipo no quintal de casa”, diz ela. 
Ciúme é uma coisa que não atrapalha sua relação. Mas Débora tem lá sua maneira peculiar de lidar com a questão. “Não tenho ciúmes dele no programa ou em novela. Mas sou um pouco possessiva, sim. Eu sei que ele é meu (risos). Sou assim com as pessoas que amo, meus pais, meus amigos... Sou sutilmente ciumenta, mas nada doentio”, resume. 
Para ela, o mais importante no relacionamento é a cumplicidade. “Acho que aí não rola infidelidade, nem falta de lealdade, se tiver cumplicidade. A pessoa não vai fazer nada que te magoe”, assegura a atriz, que também não perdoaria uma traição. “Eu digo agora que nunca aceitaria uma infidelidade. Mas o futuro a Deus pertence. Não me vejo agora aceitando isso.” 
Aumentar a família ainda não está nos planos da bela. “Ainda não tenho vontade de ser mãe, não. É uma coisa para o futuro. Quero viajar, ir para a Itália, que não conheço. Tem essas coisinhas a fazer antes de ter um bebê, porque eu vou ser uma mãe leoa. Se sou assim com o José, imagina com uma coisinha saindo de dentro de mim. Imagina se sair com a cara dele, com o beiço dele, então, vou morrer de alegria!”
O corpo cheio de curvas é mantido com malhação em academia e aulas de balé. A atriz não se incomoda com os comentários sobre a sua reconhecida beleza e sensualidade. “Acho que a beleza atrapalha quando é só isso. Aceito os benefícios que ela pode me trazer. Esse papel agora não veio só porque sou bonita, é um ‘plus’ para a Sueli, mas não precisava. Não sou desfavorecida por ser bonita, tenho consciência do meu crescimento profissional.”
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