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terça-feira, 30 de junho de 2015

INTELIGÊNCIA E TECNOLOGIA: GOVERNO SINALIZA COM APOIO DA POLÍCIA FEDERAL SOBRE ATAQUES A BANCOS.

O governador Camilo Santana manifestou, ontem, em entrevista concedida ao Diário do Nordeste, o desejo de unir forças com a Polícia Federal (PF) para enfrentar o problema dos ataques a banco no Ceará. Segundo o governador, a ideia é haver mais troca de informações e experiências entre as forças federais e estaduais para combater as explosões aos estabelecimentos bancários, recorrentes nos últimos meses. "Vamos conversar com a Polícia Federal, para encontrar maneiras, tecnologias, para enfrentar o problema. O que tentamos fazer é reunir aqueles que podem ajudar com Inteligência, com apoio, para termos uma estratégia para atuar", esclareceu Camilo Santana. O governador enfatizou o trabalho feito pelas forças policiais estaduais, relembrando o período no ano passado em que houve redução nas ações.
Entretanto, afirmou que é preciso compreender o movimento de migração dos criminosos de uma modalidade de crime para outra, para poder atacá­la. Para ele, é preciso que as divisas do Ceará estejam protegidas. "Vamos criar o Batalhão de Divisas, que vai ser importante para diminuir essas ações criminosas no Interior. Temos que proteger as fronteiras. Teve um período longo do ano passado que não tivemos assalto a banco. Precisamos ver o que foi feito para conseguirmos este resultado". A reportagem entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Porém, até o fechamento desta edição, não conseguiu falar com o titular Delci Teixeira, que estava em reunião. Explosão Enquanto o Governo procura soluções para os ataques, foi a vez da população de Redenção (a 55Km de Fortaleza) ser amedrontada por um bando que destruiu o prédio onde funcionava a agência do Bradesco. De julho de 2013 até ontem, três instituições financeiras instaladas na cidade foram alvos de bandidos. Ontem, os moradores passaram pelo local só para ver o estrago feito ao banco e comentavam com os conhecidos o susto que passaram ao ouvir a explosão e iam embora desacreditados de que o problema terá solução. Uma professora aposentada (identidade preservada), que mora no quarteirão onde ficam três agências, disse que já pensa em se mudar, porque não consegue mais conviver com o medo. "Não tenho mais saúde para viver com este temor. Queria ter paz, ao menos dentro de minha residência. Quando eles explodem os bancos, ouço quando passam correndo pela calçada; escuto as ameaças de morte que fazem a quem se aproxima. Sinto uma indignação muito grande de saber que estas pessoas inconsequentes estão livres para colocar mais cidades, mais pessoas em risco", declarou a professora. A dona de casa Maria de Lourdes Batista conta que estava em casa com duas crianças, quando ouviu a primeira explosão. "Meus filhos acordaram assustados e eu tive muito medo de não ter como protegê­los. Logo depois, aconteceu um estrondo muito maior. A casa tremeu e eu fiquei sem saber o que fazer. Não podia correr para a rua e arriscar ser morta. Só podia rezar para as paredes não caírem". Quem precisou dos serviços da agência também enfrentou problemas. Ao encontrar o prédio no chão, os clientes buscaram informações, mas ouviram orientações desencontradas dos funcionários do local. O gerente disse à reportagem que um posto de atendimento, localizado no Centro de Redenção, deverá atender à população, enquanto a agência passará por uma reforma, que ainda não tem previsão de ser iniciada, nem finalizada. Nada subtraído A perita Sônia Silva, da Perícia Forense do Ceará (Pefoce), disse que nada foi levado do banco. A quantidade excessiva de dinamites utilizada pelo bando impossibilitou que os suspeitos chegassem ao cofre da agência. "Uma laje de uns três metros caiu em cima do cofre. Não tinha como ser retirada. Eles acabaram desistindo e fugiram. Os quatro caixas eletrônicos que ficam no autoatendimento estão intactos", afirmou Sônia Silva. Projéteis de fuzil calibre 556 e de pistola calibre ponto 40 foram recolhidos pela perita. Segundo ela, as balas teriam sido disparadas no confronto entre a Polícia e os bandido. Um dos PMs que participou do tiroteio disse que quatro militares enfrentaram cerca de 15 homens, que estavam divididos em vários pontos da cidade. "Estavam divididos estrategicamente e uns protegiam os outros. Não vieram para brincar. A intenção deles era impedir a chegada da Polícia, porque queriam atacar os três bancos que ficam no quarteirão. Não se importariam se tivessem matado todos nós", disse o soldado Fabrício Lima, da 2ªCia do 4ºBPM (Baturité). Uma Hilux, roubada no Centro de Redenção pouco antes da explosão foi encontrada abandonada na estrada que dá acesso à Palmácia. As câmeras de segurança que ficam nas proximidades do banco mostram os suspeitos fugindo em uma picape Fiat Strada, de cor branca; em um Fiat Siena, de cor preta; e em algumas motocicletas. Por enquanto, ninguém foi preso.

Fonte: DN

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