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domingo, 20 de janeiro de 2013

RELIGIÃO- ARTIGO DE OPINIÃO.



2013 - O ANO DA JUVENTUDE


Estamos iniciando o ano da juventude! Em 2013, a Igreja mais uma vez nos convida a refletir sobre o protagonismo dos jovens não apenas em sua estrutura interna (engajamento em seus inúmeros movimentos, associações e pastorais), mas, sobretudo, em sua atuação nas expressões multifacetadas da sociedade. Essa convocatória é, na realidade, fruto de uma constatação inquietante: ESTAMOS ASSISTINDO A UM VERDADEIRO EXTERMÍNIO DOS JOVENS (15 A 25 ANOS), BEM COMO A EVASÃO DESSE SEGMENTO DAS FILEIRAS ECLESIAIS.
Além da problemática social que envolve a questão, como entender esse arrefecimento da juventude em sua vivência cristã?! É notório que hoje se prefere muito mais uma religião invisível de pouca prática, sem adesão total ou ainda um mosaico religioso com pedaços de todo o tipo de religião. O doc. 62 intitulado “Missão e Ministério dos cristãos leigos e leigas” já nos alerta:
“Há uma procura pelo sagrado, pelo transcendental, mas numa outra perspectiva. Infelizmente, essa procura pela religião hoje está atrelada ao imediatismo e a uma realização pessoal. “Experimenta-se uma ou outra religião, em busca daquela que me satisfaça”.
Em primeiro lugar, é preciso perceber que estamos vivendo uma profunda crise de paradigma civilizacional, que nos impele a um constante “aggiornamento” = “atualização”, um redimensionamento de nossas ações e de nossa própria visão de mundo. Nesse ínterim, é indispensável repensar a nossa linguagem, a nossa ação pastoral e a nossa maneira de entender o rosto dos jovens neste mundo em constante mudança. O discurso tradicionalista, impositivo e moralista de outras épocas não consegue mais responder aos novos questionamentos e desafios da contemporaneidade. Isso é fato!
A Igreja, fechada em si mesma durante séculos, abre-se a partir do Concílio Vaticano II ao diálogo com as novas formas de pensar, de entender o mundo e a modernidade (embora forças internas ainda teimem em reconduzi-la ao enquadramento dos séculos passados). Porém, há de se observar que, apesar da abertura pós-conciliar, no que se refere ao protagonismo juvenil, pouco avançamos.  Fomos perdendo gradativamente a capacidade de atrair e conquistar os nossos jovens, proporcionando a eles a possibilidade de terem um encontro pessoal com o jovem de Nazaré, Jesus Cristo. A própria fragmentação da família e das grandes instâncias sociais, contribuiu, sobremaneira, para que a juventude perdesse os grandes referenciais que norteavam a sua vida.
Vivemos hoje o apogeu das diferentes “tribos urbanas”, fenômeno social dinâmico e complexo, que teve início nos grandes centros e hoje já é uma realidade nas pequenas cidades. Cada uma dessas expressões traz consigo hábitos e valores culturais diversos, que precisam ser entendidos e respeitados em nossa ação evangelizadora. Geralmente, o caráter contestador, a apatia, o desleixo e a própria anarquia que percebemos nesses grupos são formas de contestação. Não se trata apenas de um modismo, mas de um estilo de vida, uma resposta a essa cultura de morte que despersonaliza e massifica os jovens.
 O Evangelho sempre será uma novidade perene em nossas vidas. Transmiti-lo de uma forma nova e dinâmica é que é o grande desafio. Os jovens precisam encontrar em nossos templos um ambiente acolhedor, em nossos pastores uma voz de esperança para que possam ser, de fato, sujeitos de sua história.    

Por César Augusto Rocha – Equipe de Comunicação do CNLB.
fonte:Revista camocim/camocim belo mar blog

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