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domingo, 20 de janeiro de 2013

ROBERTA RODRIGUES:'QUEM NUNCA VIVEU UM RELACIONAMENTO A TRÊS?'.

Roberta Rodrigues não hesita quando perguntada se já viveu um caso com alguma pessoa comprometida. “Quem nunca viveu um relacionamento a três?”, ela responde, aos risos, com o verso do grupo de pagode Nosso Sentimento. A atriz, aliás, é tão popular e espontânea quanto sua personagem Maria Vanúbia, da novela ‘Salve Jorge’.
Nesta entrevista, Roberta conta que fugia da mãe na adolescência para ir aos bailes funk e que gosta de promover o “sábado da Maria Vanúbia”, dia em que ela e as amigas tomam banho de borracha e pegam sol na laje de sua casa, no Vidigal.

Roberta Rodrigues diz que termina namoro quando descobre que a pessoa tem outra | Foto: Jorge Rodrigues Jorge / Carta Z Notícias
O que saiu da Roberta do Vidigal para a Vanúbia do Complexo do Alemão?
Tem de tudo no Vidigal. Da crente à periguete. E lá tem, sim, meninas como a Maria Vanúbia. A personagem não é estereotipada. Tem menina que dança de perna aberta, dá em cima do namorado da outra, começa a brigar do nada… Eu tenho uma amiga que segura no telefone e fala como se fosse um rádio: “E aí, parceira?” (imita a amiga). Eu acho que foi ela que inventou o rádio e a Nextel descobriu depois (risos). A Maria Vanúbia é uma reunião das minhas amigas.
Tem muita Maria Vanúbia no Vidigal?
Outro dia, num churrasco, fiquei pensando se a personagem não estava forçada. De repente, uma menina começa a fazer um tumulto, gritando, chutando as paredes, batendo o tamanco numa moto, parecia que estava pegando santo. Meu Deus, Maria Vanúbia existe (risos)!
Como você chegou a esse cabelo da Maria Vanúbia?
Meu cabelo era cacheado e eu já usava mega, porque tenho pouco volume e isso complica na hora de fazer um penteado diferente. Quando fiquei sabendo que precisava alisar, me deu uma dorzinha no coração. Mas fui consolada pelo (cabeleireiro) Flávio Priscott, que fez o mega e é um gênio. Amei o resultado, mas demorei a me reconhecer (risos).
E depois da novela?
Ainda não sei, estou amando ter cabelo liso. Não me vejo mais com o cabelo cacheado (risos). Acho que vou aderir por mais um tempo.

Te criticaram por isso?
Me cobraram muito por causa desse negócio de alisar o cabelo, dizendo que perdi minhas origens. Acho isso uma palhaçada. A origem está muito além de um cabelo. E o que é origem hoje em dia, né? Minha médica (Katleen Conceição, dermatologista) me disse que o negro, em geral, tem menos cabelo e que não tinha problema colocar o mega.
Quanto custa fazer isso?
É caro. E tem que ter o cuidado de não clarear o cabelo, usar o mega já com fios claros. Mas eu tenho amigas que eram totalmente contra e, depois que coloquei o mega, elas descobriram salões mais baratos. Você faz uma economia de três meses e coloca. Tem lugar em Nova Iguaçu que cobra R$ 300 pela mão de obra e R$ 300 pelo cabelo. Viramos “as mega” (risos).
Vale mais um cabelão que bunda grande?
O que faz a mulher é o cabelo. Passei a infância botando toalha na cabeça, eu queria ter cabelão. Mulher não precisa de bunda grande, a bunda ficou banal, são tantas bundas (risos). Tenho até amigos homens que usam aquela almofadinha pra ter bundão. O bom é ter cabelão.
Você malhou para ficar com esse corpão?
Sim, mas estava sem malhar há uns dois meses. Voltei essa semana. Tenho a sorte de ter uma genética boa, mas como estou sempre muito forte, cavalona, tive que dar uma secada para a novela. Tenho muitas cenas na laje, de biquíni e eu não tenho aquele corpo sequinho das atrizes.
Você já pegou sol na laje?
Já, claro! Outro dia minhas amigas me ligaram de manhã cedo pra fazer o “sábado da Maria Vanúbia”. Chegaram lá em casa, aí pegamos o Doura Pelos, tinha uns meninos soltando pipa lá em cima, ficaram todos olhando. Colocamos um funk, tomamos banho de borracha, pedimos quentinha pra entregar. Dou graças a Deus de morar no morro. Curto a vida assim.
Você usa Blondor?
Não tenho pelos! Na minha adolescência, eu achava incrível as meninas dourando o pelo. Eu só passava (o Blondor) porque elas diziam que ia crescer, mas nada!
E o esparadrapo que a Maria Vanúbia usa?
Não uso. Estou sofrendo com essas cenas na laje e tenho noia com coisa de protetor. Fico horas na laje e o sol no Alemão é forte, tem pouco verde, pouca sombra. Mas as meninas do Complexo usam. É só pegar o teleférico e dar uma volta no Alemão pra ver as meninas na laje com fio dental ao extremo pegando o sol de cada dia, amém!
Qual é a diferença entre a periguete do Vidigal e a periguete do Alemão?
O Vidigal fica na Zona Sul, então a gente anda muito com a playboyzada. Se bobear, o Vidigal hoje tem mais playboy do que a galera que nasceu e cresceu ali. A gente sempre frequentou a praia do Leblon, sempre seguiu a moda deles. É claro que existem pessoas que não têm condições, que vão à feirinha de roupas. Eu sempre adorei a feirinha da Rocinha, compro um monte de coisas lá. No Alemão, as pessoas acabam criando a própria moda.
Você gosta de moda?
Gosto, mas a verdade é que eu odeio ser igual a todo mundo. Aquela coisa das patricinhas de saia de bandagem, blusinha solta, salto enorme, bolsinha lateral com correntinha dourada…
Você já ia a baile funk e a pagode antes da Vanúbia?
No Vidigal, o baile funk era na minha porta. Sempre vivi a vida do morro, fugia da minha mãe para ir para os bailes do Salgueiro, Emoções, baile da Rocinha, banho de espuma, tudo isso. No domingo, eu já acordava com meu pai ouvindo pagode, minha mãe fazendo comida e ouvindo Fundo de Quintal. Só acho que o funk deveria ser usado mais politicamente e menos para vulgaridade. Sempre falo para os meninos para usarem o funk a nosso favor, defenderem uma causa nossa.
Existe alguma cobrança para você sair do Vidigal?
As pessoas me perguntam: “Ah, mas você ainda vive no Vidigal?”. Não preciso morar na Barra da Tijuca e pegar uma carteirinha para ser aceita por grupinhos. Eu sou resultado do Vidigal, das vizinhas que tomaram conta de mim, do carinha do bar que recebe o meu roteiro quando não estou em casa…
O cara do bar é que recebe o roteiro da novela?
Isso. Quando não estou aqui, ele recebe, abre e me diz qual é o dia e o horário da minha gravação. A produção até já sabe e entrega direto.
Você leva muita cantada?
Aconteceu uma situação bizarra em Ipanema. Um cara chegou por trás, passou a mão do meu cabelo até o final do meu corpo e falou: “Eu precisava saber se a Maria Vanúbia era de verdade”. Minha amiga ficou horrorizada, dizendo que ia dar porrada nele. Foi uma grande falta de respeito. Outro dia chegou um menino e me disse que tinha o maior tesão na Maria Vanúbia, mas que não tinha tesão nenhum em mim.
Você está namorando?
Não, mas estou bem feliz.
Você já se pegou numa situação de Maria Vanúbia, de se envolver com alguém comprometido?
“Quem nunca viveu um relacionamento a três?” (canta a música ‘Fora da Lei’, do grupo Nosso Sentimento). Mas se descubro que a pessoa tem outra, eu deleto. É um sofrimento desnecessário.
Você namorou o Thiago Martins. Ele tem fama de mulherengo, é verdade?
Nada a declarar! Prefiro não comentar (risos). Isso (o namoro) foi há muito tempo.
fonte:O Dia/camocim belo mar blog

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