CENTRO-SUL
Em localidades da zona rural do Estado, como na região centro-Sul, produtores estão satisfeitos com colheita
Iguatu. As precipitações pluviométricas registradas neste município, na região Centro-Sul, durante a estação chuvosa, beneficiaram a produção de grãos. Na localidade de Córrego de Santa Rosa, zona rural, os agricultores comemoram a boa colheita de feijão e de milho. O verde das plantações se espalha por extensas áreas. Centenas de pequenos produtores rurais estão concluindo a colheita das vagens e das espigas.
O clima é de contentamento. Fartura na mesa e alegria das famílias que sobrevivem do plantio de sequeiro. A região do Córrego de Santa Rosa foi uma das muitas castigadas pela seca nos últimos dois anos, mas as chuvas caídas nos meses de março a junho passados contribuíram para mudar a paisagem do sertão e assegurar uma safra elevada.
O agricultor Francisco José Guilherme, conhecido como Chico Chandô, 87 anos, disse estar alegre em ver o sertão verde e produzindo novamente.
"Esse feijão que estou colhendo vai servir para alimentar minha família", disse. "O milho verde chegou para a festa de São João e de São Pedro". O excedente da produção é vendido nomercado local.
Seu Chico Chandô começou a trabalhar cedo, aos oito anos de idade. "Todos os anos enfrento o desafio de produzir, esperando pelas chuvas", contou.
"Eu acompanhava meu pai no trabalho da roça e com um badoque (espécie de estilingue) espantava os passarinhos". Este ano, seu Chico cultivou meio hectare de feijão verde e ele mesmo fez o trabalho de colheita. "Não me canso de trabalhar".
"O inverno deste ano foi bom para a agricultura e para a formação de forragens nativas para o gado", observa o produtor rural, Manoel Ribeiro.
"As experiências que eu fiz, deram certo, sabia que ia chover e por isso estou alegre, com a safra que estou colhendo". A preocupação dos moradores é com a falta de água acumulada nos açudes para o abastecimento das comunidades no decorrer do segundo semestre.
O agricultor Antônio Carvalho colheu quatro sacas de 60kg de feijão de corda, verde, numa área também de meio hectare.
Em anos anteriores, a produção na mesma área já foi bem melhor. "Já colhi umas dez sacas de feijão nessa roça, mas nos últimos anos por causa da falta de chuva, irregularidade, a plantação ficou prejudicada".
Carvalho reclama também da falta de assistência técnica. "Mesmo com as perdas, estou satisfeito com o que vou colher".
Na localidade de Santa Rosa, a principal cultura é o feijão de corda. Aos poucos o milho vem sendo deixado de ser cultivado.
O produtor rural, Manoel Cipriano, plantou feijão, neste ano, numa área de um hectare. O agricultor, conta com a ajuda de um trabalhador para dar conta da colheita.
Assim como outros pequenos produtores, os grãos colhidos têm como prioridade a alimentação da família.
"Eu também estou satisfeito com o que venho colhendo. Vamos comer e o que sobrar vou guardar para os bichos. Não tenho vontade de vender, como já fiz antigamente, porque o preço de venda, não paga nem um dia de trabalho no campo".
O preço da saca de 60 quilos é vendido por R$ 80,00, mas no ano passado chegou a ser comercializado por até R$ 300,00. De acordo com José Gonçalves Sobrinho, presidente da Associação de Moradores do Sítio Córrego de Santa Rosa, a colheita deste ano é bem melhor do que a verificada no ano passado, quando muitos agricultores chegaram a perder tudo que foi plantado.
A falta de incentivo governamental ao pequeno produtor contribui para a baixa na produção. Segundo Sobrinho, falta políticas públicas reais de incentivo para o pequeno agricultor, tanto para quem trabalha no sistema de irrigação, quanto da agricultura de sequeiro. "A assistência é limitada e por aqui não aparecem técnicos", frisou. "Aqui a gente vive a espera das chuvas".
A produção de feijão verde e de milho oriunda da localidade de Córrego de Santa Rosa e de seu entorno é vendida diretamente na feira livre nesta cidade. Dezenas de feirantes fazem a comercialização dos grãos.
Nos últimos dias, houve um crescimento nas vendas em torno de 40% em relação ao mesmo período do ano passado por causa do consumo das festas juninas. De acordo com a Ematerce, a produção de grãos de sequeiro, neste ano, no município de Iguatu, teve uma queda de produtividade de 18%.
Mais informações
Ematerce
Escritório em Iguatu
Av. Perimetral, S/N
Centro-Sul
Fone: (88) 3581. 9478
Escritório em Iguatu
Av. Perimetral, S/N
Centro-Sul
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Honório Barbosa
Colaborador
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