Ele responderá por lesão, omissão de socorro e falso depoimento.
Auricélia Cazunda foi atropelada ao lado da filha e passará por cirurgia.
O motorista suspeito de atropelar Auricélia Cazunda no fim de semana em Fortaleza foi indiciado nesta quinta-feira (11) por lesão corporal culposa (quando não há intenção de matar), não prestar socorro à vítima e falso depoimento a polícia. Quando realizou boletim de ocorrência na segunda-feira (8), ele havia afirmado que fugia de uma tentativa de assalto e perdeu o controle do veículo, o que ocasionou o acidente. Nesta quinta, ele permaneceu calado durante a meia hora em que o delegado Alísio Justa, do 35º Distrito Policial, o questionou.
O suspeito chegou à delegacia pelos fundos e evitou falar com a imprensa. O advogado do motorista afirmou que ele estava abalado com o caso e não iria se pronunciar. O atropelamento foi filmado por câmeras de segurança de uma empresa. (Assista ao vídeo acima)
"O carro dele foi periciado e vamos constatar que foi o mesmo veículo que atropelou a mulher na Lagoa Redonda. Vamos aguardar que a vítima melhore para ouvir o depoimento dela e dar seguimento ao caso", explica o delegado Alísio Justa. Auricélia fará uma cirurgia no rosto no hospital Instituto Doutor José Frota; a família pediu para não divulgar a data da cirurgia.
A mulher andava ao lado da filha, Leda Cazunda, quando foi atropelada no sábado (6), na rua onde moram, a São Roque, no Bairro Lagoa Redonda.Leda contou que achou que a mãe havia morrido no momento do impacto, que a arremessou a alguns metros. "Sinceramente, eu pensei a pior coisa possível. Pensava que ela tinha morrido. Quando eu a vi, ela estava coberta de sangue. Foi terrível", relata a filha.
Elas estavam indo à Bienal do Livro do Ceará, que ocorre no Bairro Edson Queiroz. "A gente ia para a Bienal do Livro no Centro de Eventos. Estava ansiosa para ir. Estávamos caminhando para a parada de ônibus quando ocorreu tudo isso", disse.
Segundo o delegado Alísio Justa, o motorista cujo veículo aparece no vídeo disse na segunda-feira, quando foi pela primeira vez à delegacia, que saía de uma missa, mas o policial apurou que a igreja estava fechada. A filha questionou a versão dada pelo motorista na segunda. "Ele foi simplesmente embora. Não houve assalto. Não tinha ninguém com a gente na rua no momento do acidente", disse.
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