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terça-feira, 3 de março de 2015

GÊMEO QUE SOBREVIVEU A CIRURGIA DE SEPARAÇÃO CONTINUA EM ESTADO GRAVE.


Uma semana após cirurgia, Heitor se alimenta com líquidos e não tem febre.
Ele foi separado do irmão siamês, Arthur, que não resistiu e morreu em GO.

Do G1 GO/CBM
pai faz homenagem a gêmeos siameses em GoIânia, Goiás (Foto: Reprodução/Facebook)Pai posta foto com Heitor em UTI
(Foto: Reprodução/Facebook)
Uma semana após passar pela cirurgia de separação, o gêmeo siamês Heitor Brandão, de 5 anos, segue internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva  (UTI) Pediátrica do Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. No entanto, o quadro clínico do menino é estável e ele já se alimenta por meio de dieta líquida, não apresenta febre e respira com o auxílio de oxigênio inalatório.
Heitor foi separado do irmão, Arthur, na última terça-feira (24). A cirurgia de separação durou mais de 15 horas e envolveu 51 profissionais, terminando na madrugada do dia 25. Na sexta-feira (27), Arthur sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu. O menino foi enterrado na Bahia.
A recuperação de Heitor ocorre dentro do esperado pelos médicos. O pai do menino, Delson Brandão, postou uma foto dando água para o filho. "Minha angústia acabou quando você me pediu água e eu lhe dei pra acabar com sua sede. Obrigado Jesus!", diz. Antes, ele já havia feito publicações sobre a melhora do garoto.

Segundo o cirurgião pediátrico Zacharias Calil, que acompanha os gêmeos desde o nascimento, a equipe médica está atenta à cobertura de pele usada no abdômen e da bacia . "Ali que nos deixa preocupados devido à coloração estar um pouco escura, mas temos outros meios de tentar melhorar isso lá na frente se por ventura houver algum problema", afirma.
Siameses
A mãe dos siameses, a professora Eliana Brandão, se mudou de Riacho de Santana para Goiânia um mês antes do nascimento dos filhos para que eles tivessem acompanhamento desde o parto, em maio de 2009. Após o nascimento, ela voltou para a terra natal por um período e, desde 2010, mora em Goiânia com os siameses. O marido e a filha mais velha, de 7 anos, continuaram no Nordeste.
Os gêmeos eram unidos pelo tórax, abdômen e bacia, compartilhando o fígado e genitália. Desde que nasceram, eles eram preparados para a cirurgia de separação. Os siameses passaram por 15 procedimentos cirúrgicos, entre eles alguns para implantação de expansores no corpo para que tivessem pele suficiente para a separação.
Arthur e Heitor agradecem às mensagens de apoio em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)Arthur e Heitor antes da separação
(Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Os meninos só alcançaram as condições necessárias para a cirurgia neste ano. Após o procedimento de separação, os médicos informaram que tiveram uma boa notícia, pois, diferentemente do que acreditavam, cada um dos gêmeos tinha um intestino, uma bexiga e uma vesícula.
Horas antes de Arthur morrer, a mãe e o pai visitaram as crianças e viram Heitor acordado pela primeira vez. Eles se emocionaram ao ver o filho abrir os olhos e chamar por Arthur. "Fiquei muito emocionada, sem palavras. Não dá para descrever tamanha emoção, apenas sentir. Não esperávamos vê-lo acordado. Quando chegamos e falei o nome dele, ele abriu os olhos. Levei-o para ver o Arthur e ele jogou beijos para o irmão, que estava dormindo", contou.

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