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sábado, 17 de maio de 2014

EMANCIPAÇÃO EM CASA

ESTRUTURA

Por economia e maior privacidade, Ceará e Fortaleza largam hotéis e investem em seus próprios patrimônios


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Ao investirem em estrutura para concentração de jogadores em suas sedes, Fortaleza e Ceará economizam milhares de reais por mês ao deixar de enviar suas delegações para hotéis na Capital Fotos: Kléber A. Gonçalves/Kiko Silva
CEARÁ
Foi-se o tempo em que apenas conquistar títulos e contratar bons jogadores para seu elenco eram suficientes para um grande clube se manter no topo.
Com a exigência e competitividade cada vez maiores no futebol profissional, a realidade dos times mudou drasticamente e quem não investisse em estrutura física, em patrimônio, ficaria para trás.
E Ceará e Fortaleza, os dois maiores clubes cearenses, mesmo ainda longe de ter a estrutura e investimento de gigantes do país, ou mesmo de vizinhos nordestinos, como Vitória, Bahia, Sport e Náutico, já apresentam evoluções patrimoniais e estruturais em suas sedes.
Os dois clubes aboliram concentrações em hotéis quando atuam na Capital, ao investir em estrutura para concentrarem nas próprias sedes. O Ceará já conta com alojamentos e um hotel-concentração, enquanto o Leão se concentra em alojamentos do próprio Pici.
O Vovô chegou a concentrar em Aquiraz e na Prainha, para enfim, em fevereiro de 2011, iniciar as concentrações no Hotel Antônio Góis. Inaugurado no dia 13 de julho de 2010. Anexo ao Hotel, o Ceará conta alojamentos, chamado Centro de Repouso, utilizado pelos jogadores nos intervalos dos treinamentos.
Já o Fortaleza entrou no circuito um pouco mais tarde. Em janeiro deste ano, os jogadores passaram a se concentrar nos alojamentos Ribamar Bezerra.
Economia
E com a estrutura própria, os clubes passaram a economizar a cada jogo concentrado. Segundo o presidente do Ceará, Evandro Leitão, o clube gastava em torno de R$ 10 mil em cada concentração. "O clube sempre investia valores realmente altos em concentração. Cada concentração não sairia por menos de dez mil reais, então, se estimarmos na faixa de três concentrações por mês, dá 30 mil reais".
Pelos números apresentados por Leitão, o clube gastaria, por ano - estimando dez meses de atividade -, R$ 300 mil.
Por estes altos valores apresentados, o mandatário alvinegro ressaltou que os investimentos na estrutura seriam recuperados. "Por mais que não estivéssemos economizando pelo investimento inicial, sabíamos que o recuperaríamos no futuro. Investir em estrutura do clube é essencial para os resultados".
Além de economizar valores que seriam pagos em hotéis, o clube também agrega outras benesses aos "concentrados", como outras estruturas anexas à sede do clube que servem aos cerca de 23 atletas mais a comissão técnica. "Comodidade é você ter, no mesmo espaço do hotel-concentração, uma academia, uma caixa de areia, uma piscina e fisioterapia, tudo que um hotel não pode oferecer para um time de futebol", detalha Leitão.

Fortaleza
O diretor administrativo do Fortaleza, Noé de Brito, diz que o Leão economizou até R$ 6 mil por concentração, confinando os jogadores nos alojamentos. "Temos toda a estrutura atendendo aos atletas. Além do refeitório completo, temos piscina e a academia. Estamos finalizando a estrutura do salão de jogos, que vai dotar o local de maiores condições para os jogadores. Eles, inclusive passam o dia aproveitando o local", explica.
Jogadores aprovam concentração no clube
Seja o jogador alvinegro ou leonino, não existem divergências quanto às vantagens de concentrar no próprio clube em vez de hotéis, como acontecia até há pouco tempo no nosso futebol.
O lateral-esquerdo do Ceará, Vicente, aprovou o Hotel-Concentração Antônio Góis, descrevendo suas vantagens. "Nós já estamos acostumados com a estrutura do clube. A estrutura é ótima e não fica devendo para nenhum hotel. Se deslocar da sede do clube para um hotel sempre é complicado. Treinar e ficar logo aqui é bom. Além de haver mais privacidade. A gente se sente mais à vontade".
O presidente do Ceará está de acordo com o que diz seu jogador. "O retorno foi excelente, os jogadores e a comissão técnica não querem ir para hotel. Eles se sentem muito bem aqui, já que a estrutura não deixa a desejar".
O goleiro Ricardo, do Fortaleza, também concorda: "cheguei aqui e encontrei uma boa estrutura. Para que ir a um hotel? Aqui ficamos todos juntos, temos nossas conversas reservadas, então a ideia foi ótima".
O técnico Marcelo Chamusca foi outro que engrossou a fileira: "temos aqui uma concentração que atende as necessidades. Temos a privacidade, o controle da alimentação e do repouso dos atletas", comentou.
SAIBA MAIS
Hotel do Vovô
O Hotel Antônio Góis conta com oito quartos, com capacidade para 23 pessoas, incluindo atletas e comissão técnica. Outra novidade é o auditório, onde a comissão técnica realiza as suas palestras e reuniões.
O hotel ainda conta com cobertura Wi-Fi e TV por assinatura, além de ser todo climatizado
No Tricolor
O Fortaleza ainda não construiu um hotel como pretende, mas os alojamentos já estão resolvendo o problema. São 11 quartos, com beliches, TVs de Led, ar e frigobar. O clube está buscando parcerias para realizar o projeto já existente do Hotel, orçado em R$ 600 mil
Vladimir Marques
Ivan Bezerrahttps://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2556864432713944326#editor/target=post;postID=4500187624340143322

Repórteres.
ARTE JOGADA

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