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domingo, 4 de maio de 2014

FAMILIARES E AMIGOS DESPEDEM-SE DO JORNALISTA GERMANO TORLLES LEITE.


Foto: Leandro Carvalho
Familiares e amigos despedem-se do jornalista Germano Toralles Leite
Sepultamento ocorreu no sábado (3). Dia Mundial da Liberdade de Imprensa
    Com muita comoção, centenas de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre do jornalista e empresário Germano Toralles Leite, na tarde de sábado (3), no Cemitério Católico do Rio Grande. Germano foi fundador do semanário O Peixeiro em dezembro de 1962 e, mais tarde, em 20 de setembro de 1975, publicou a primeira edição do Jornal Agora. O jornalista tinha 82 anos e administrou as publicações até os seus últimos dias de vida. Ele faleceu na tarde de sexta-feira (2), em Porto Alegre, onde encontrava-se hospitalizado, tratando de uma leucemia aguda recentemente descoberta.
    “Vejo nele uma pessoa que sonhou, lutou para realizar esses sonhos, sempre perseverou diante dos obstáculos e, mesmo depois de realizar os sonhos, continuou sonhando novos projetos para a comunidade em que ele atuava. Esse é o seu grande legado”, disse emocionado o administrador e advogado, Germano dos Santos Leite, filho do jornalista, minutos após o enterro do pai.
    "Ele foi muito mais que um pai presente. Muito mais que um patrão padrão. Foi um visionário, amigo de todos e bem à frente de seu tempo. Meu pai, que eu dividia diariamente com meus colegas. Assim ele se sentia, como um pai de todos. E fazia por onde, sempre. Fica seu enorme legado profissional e, principalmente, pessoal. Fará muita falta em nossa cidade", resumiu, com muita tristeza, o publicitário Alessandro Germano dos Santos Leite, sobre o pai.

    O filho Roberto Vanzzellote Leite, que por vários anos trabalhou ao lado do pai no Jornal Agora, também muito comovido, só conseguiu dizer o seguinte: “Ele foi um grande homem e nós pretendemos levar adiante o trabalho dele. Vai ser difícil, mas a vida tem que continuar”. Também estiveram presentes na cerimônia os outros três filhos do jornalista, Suzel Leite, André Leite e Eder Leite.
    “O Germano pra mim era o orgulho da nossa família Toralles Leite. Só nos deu muita alegria e muito amor. Ele também sempre teve muito caráter. É um exemplo de vida para nós, nossos filhos e netos”, comentou Emma Leite Magalhães, durante o velório do irmão.
    Em seguida, a sobrinha Miriam Leite Magalhães relembrou as qualidades do tio: “Tio maravilhoso, exemplo de pessoa, de ser humano. Ele era muito família, sempre preocupado, tinha muito amor por todos. Era um tio muito amado, que vai deixar muitas saudades. As lembranças boas estarão sempre no meu coração”, disse.
    “Assumiu-me desde que a minha mãe morreu, foi sempre muito presente, ético e profissional. Uma pessoa que soube ponderar sempre e ajudar muito a família. Me chamava de 'minha princesa', eu e a Emma. Ele procurou sempre passar esse exemplo de honestidade e perseverança para os filhos”, resumiu a irmã Deolinda Maria Toralles Leite, que veio do Rio de Janeiro para o cortejo.
    “O Germano era um exemplo para todos nós, um grande amigo da família, dos meus pais. É triste ver uma pessoa que sempre lutou pelo melhor, na família e na cidade, morrer. Ele defendia o direito à liberdade de expressão, defendia o melhor para a cidade. Tenho certeza de que um homem com a luz que ele tinha está em um bom lugar. Deixa em todos nós a dor da perda, mas ficam os exemplos e as saudades”, disse o primo Claudio Toralles, que costumava acompanhar o pai a ajudar o primo com serviços elétricos nos primeiros anos do Jornal Agora.
    Em poucas e bonitas palavras, o amigo da família, José Braga, mais conhecido como professor Maninho, improvisou uma homenagem para o jornalista no sepultamento. Para a reportagem, ele disse o seguinte: “O legado que ele deixou é um privilégio de todos. Para a família sempre foi uma pessoa sensacional, sempre presente e prestativo. Nos deixa triste por ter partido, mas alegre por ter existido”.
    Também estiveram presentes na ocasião algumas personalidades da cidade, entre elas, o prefeito Alexandre Lindenmeyer.“Tem pessoas que marcam a sua vida deixando bons legados e bons exemplos. Muito embora com seu falecimento, ele perpetua-se pela sua prática. Pelo seu empreendedorismo, tornou-se um grande comunicador, levando notícias e conhecimento para Rio Grande e região. Ao mesmo tempo, ele perpetua-se na nossa momória como um bom exemplo de pessoa que precisamos multiplicar na nossa sociedade”, disse o prefeito.
    O superintendente do Porto do Rio Grande, Dirceu Lopes, lembrou das ideias bairristas do jornalista. “O Germano era daqueles caras que pensava em Rio Grande a todo o momento. Fazer o Jornal Agora foi um dos empreendimentos dos mais difíceis, manter um jornal diário é algo que tem que se admirar. Além disso, ele tinha a cidade como o centro das suas ideias, cada vez que se conversava com ele, ele tinha uma ideia do que se poderia fazer para tornar Rio Grande melhor. Muitos diziam que ele era bairrista, mas era um bairrismo positivo", comentou Lopes.
    A presidente da Academia Rio-Grandina de Letras, Dalva Leal Martins, afirmou que Germano deixará saudades. “Ficará uma saudade permanente da insígnia jornalista Germano, membro honorário da Academia Rio-Grandina de Letras, da qual recebeu essa mais alta honraria pela atenção que sempre teve aos trabalhos literários e à página da Academia, publicada semanalmente no Jornal Agora. A ele, meu eterno reconhecimento, em nome da Academia Rio-Grandina de Letra”, concluiu Dalva.
    O chargista Lorde Lobo, funcionário do Jornal Agora e delegado do Sindicato dos Jornalistas em Rio Grande, também estava bastante comovido durante o velório. “A data de 2 de maio vai entrar na história do jornalismo, infelizmente, pela morte de Germano. Um homem que, por meio da sua dedicação e empenho, proporcinou a várias gerações de jornalistas a entrada no mercado de trabalho. Mais do que simplesmente abrir as portas, ele também formou muitos dos profissionais que hoje atuam no jornalismo. Foi uma perda e tanto. Em nome do Sindicato, só tenho a agradecer por tudo o que ele fez”, lamentou.
    Da redação do Jornal Agora, a jornalista Rosângela Martins, manifestou o seguinte: “Perdas são sempre difíceis de se assimilar. E quando perdemos pessoas de nosso convívio diário a dor se torna ainda maior. Faço parte da 'família Agora' há 11 anos e vou sentir muito a falta do incansável Germano, diariamente na redação, local onde ele se sentia a vontade".https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2556864432713944326#editor/target=post;postID=3917602951934576369Familiares e amigos despedem-se do jornalista Germano Toralles Leite
    Por Tatiane Fernandes/CBM
    tati@jornalagora.com.br

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