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sábado, 22 de novembro de 2014

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 23 DE NOVEMBRO DE 2014.


— São Clemente I - terceiro Papa que governou a Igreja Romana
Com grande alegria e veneração lembramos a vida do terceiro Papa que governou, no primeiro século, a Igreja Romana. São Clemente I assumiu a Cátedra de Pedro, depois de Lino, Anacleto e com muito empenho regeu a Igreja de Roma dos anos 88 até 97.
Sobressai no seu pontificado um documento de primeira grandeza, fundamental a favor do primado universal do Bispo de Roma: a carta aos Coríntios, escrita no ano de 96.
Perturbada por agitadores presumidos e invejosos, a comunidade cristã de Corinto ameaçava desagregação e ruptura.
São Clemente escreve-lhe então uma extensa carta de orientação e pacificação, repassada de energia persuasiva, recomendando humildade, paz e obediência à hierarquia eclesiástica já então definida nos seus diversos graus: Bispos, Presbíteros e Diáconos.
Esta sua intervenção mostra que Clemente, para além de Bispo de Roma, sentia-se responsável e com autoridade sobre as outras Igrejas.
E saliente-se que, nessa altura, vivia ainda o Apóstolo São João, o que nos permite concluir que o Primado não foi de modo algum uma ideia meramente nascida de circunstâncias favoráveis, mas uma convicção clara logo desde o início. Se assim não fosse, nunca São Clemente teria ousado meter-se onde, por hipótese, não era chamado.
João, como Apóstolo de Cristo, era sem dúvida uma figura venerável. Mas era ao Bispo de Roma, como sucessor de São Pedro, que competia o governo da cristandade.
Uma tradição, que remonta ao fim do século IV, afirma que São Clemente terminou sua vida com o martírio. Seu nome ficou incluído no Cânon Romano da Missa.
São Clemente I, rogai por nós!

23.11.2014
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO  ANO A
BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO PRÓPRIO – OFÍCIO DA SOLENIDADE )
__ “Cristo é o Senhor, o Rei do Universo!” __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGELHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos, hoje, a solenidade de Cristo Rei. O final do ano litúrgico busca abrir um novo estágio na vida do cristão. O reinado de Cristo ressignifica o poder e nos convida, a partir da vivência do amor e da justiça, a aguardar a ressureição, não como rompimento, mas como continuidade da vida de Deus que recebemos no batismo. Nutrido pela esperança do reinado de Deus, o cristão é chamado a viver no temporal com expectativas do eterno, assegurando à cidade humana a verdadeira liberdade e paz, que os filhos de Deus podem oferecer, quando vivem a fé que professam.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: A solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo anuncia o encerramento do ano litúrgico e oferece ocasião de revermos nossa vida cristã. Inicia-se hoje a Campanha para a Evangelização, cujo intuito é de se criarem melhores condições para a obra de evangelização em todos os níveis.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Do evangelho e da primeira leitura emerge a figura do Cristo como pastor e rei, e, portanto, sua realeza, que se estende e se exerce sobre a humanidade. O universo, do qual é ele rei, é constituído pela totalidade dos homens. A 2ª leitura dilata a perspectiva: o universo compreende todas as coisas que serão sujeitas a Deus Pai e são redimidas em relação a Cristo. Tem-se aqui uma visão cósmica da realeza de Cristo.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo, entoemos cânticos jubilosos ao Senhor!

JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO  CRISTO SENHOR DOS TEMPOS E DOS HOMENS

Antífona de entrada:
O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra. A ele glória e poder através dos séculos (Ap 5,12; 1,6 (aqui seria 13))
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: Deus é misericórdia, por isso conduz seu povo com a misericórdia de um Rei que é Bom Pastor, que venceu a morte em seu Filho Jesus e nos julgará com os critérios das obras de misericórdia corporais. Quem viver na misericórdia, se encontrará com a misericórdia divina no juízo final. Ouçamos com amor as leituras de hoje, para compreendermos o sentido da festa que celebramos.
Primeira Leitura (Ezequiel 34,11-12.15-17)
Leitura da profecia de Ezequiel.
11 Pois eis o que diz o Senhor Javé: vou tomar eu próprio o cuidado com minhas ovelhas, velarei sobre elas.
12 Como o pastor se inquieta por causa de seu rebanho, quando se acha no meio de suas ovelhas tresmalhadas, assim me inquietarei por causa do meu; eu o reconduzirei de todos os lugares por onde tinha sido disperso num dia de nuvens e de trevas.
15 Sou eu que apascentarei minhas ovelhas, sou eu que as farei repousar - oráculo do Senhor Javé.
16 A ovelha perdida eu a procurarei; a desgarrada, eu a reconduzirei; a ferida, eu a curarei; a doente, eu a restabelecerei, e velarei sobre a que estiver gorda e vigorosa. Apascentá-las-ei todas com justiça.
17 Quanto a vós, minhas ovelhas, eis o que diz o Senhor Javé: vou julgar entre ovelha e ovelha, vou julgar os carneiros e os bodes.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 22/23
O Senhor é o pastor que me conduz;
Não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes
Ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha
E restaura as minhas forças.
Preparais à minha frente uma mesa,
Bem à vista do inimigo,
E com óleo vós ungis minha cabeça;
O meu cálice transborda.
Felicidade e todo bem hão de seguir-me
Por toda a minha vida;
E, na casa do Senhor, habitarei
Pelos tempos infinitos.
Segunda Leitura (1 Coríntios 15,20-26.28)
Leitura da primeira careta de são Paulo aos Coríntios.
15 20 Mas não! Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que morreram!
21 Com efeito, se por um homem veio a morte, por um homem vem a ressurreição dos mortos.
22 Assim como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos reviverão.
23 Cada qual, porém, em sua ordem: como primícias, Cristo; em seguida, os que forem de Cristo, na ocasião de sua vinda.
24 Depois, virá o fim, quando entregar o Reino a Deus, ao Pai, depois de haver destruído todo principado, toda potestade e toda dominação.
25 Porque é necessário que ele reine, até que ponha todos os inimigos debaixo de seus pés.
26 O último inimigo a derrotar será a morte, porque Deus sujeitou tudo debaixo dos seus pés.
28 E, quando tudo lhe estiver sujeito, então também o próprio Filho renderá homenagem àquele que lhe sujeitou todas as coisas, a fim de que Deus seja tudo em todos.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
É bendito aquele que vem vindo, que vem vindo em nome do Senhor; e o reino que vem, seja bendito; ao que vem e a seu reino, o louvor! (Mc 11,10)

EVANGELHO (Mateus 25,31-46)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
25 31 Disse Jesus a seus discípulos: “Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso.
32 Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
33 Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
34 Então o Rei dirá aos que estão à direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo,
35 porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes;
36 nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim’.
37 Perguntar-lhe-ão os justos: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber?
38 Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos?
39 Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?’
40 Responderá o Rei: ‘Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes’.
41 Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: ‘Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos.
42 Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber;
43 era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes’.
44 Também estes lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te socorremos?’
45 E ele responderá: ‘Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer’.
46 E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Oferecendo-vos estes dons que nos reconciliam convosco, nós vos pedimos, ó Deus, que o vosso próprio Filho conceda paz e união a todos os povos. Por Cristo, nosso Senhor.
Prefácio próprio: Cristo, Rei do Universo
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. com óleo de exultação, consagrastes sacerdote eterno e rei do universo vosso filho único, Jesus Cristo, Senhor nosso. Ele, oferecendo-se na cruz, vítima pura e pacífica, realizou a redenção da humanidade. submetendo ao seu poder toda criatura, entregará à vossa infinita majestade um reino eterno e universal: reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz. Por essa razão, hoje e sempre, nós nos unimos aos anjos e arcanjos, aos querubins e serafins e a toda a milícia celeste, cantando (dizendo) a uma só voz...
Antífona da comunhão:
O Senhor em seu trono reina para sempre. O Senhor abençoa o seu povo na paz (Sl 28,10s).
Depois da comunhão
Alimentados pelo pão da imortalidade, nós vos pedimos, ó Deus, que, gloriando-nos de obedecer na terra aos mandamentos de Cristo, rei do universo, possamos viver com ele eternamente no reino dos céus. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (CRISTO REI):
A visão grandiosa de Cristo Senhor universal une-se a de Cristo crucificado e esta recorda a consideração de seu imenso amor: “Ama-nos, e nos libertou dos nossos pecados em virtude do seu Sangue" (ibidem, 5). Rei e Senhor outro caminho não escolheu, para purificar os homens do pecado, senão lavá-los com o próprio Sangue. Unicamente por este preço os introduziu no seu Reino, onde os admitiu não só como súditos, mas também como irmãos e co-herdeiros, como co-participantes de sua realeza, de sua dominação sobre todas as coisas. Assim, com ele, único Sacerdote, poderemos oferecer e consagrar a Deus toda a criação. "Fez de nós um reino de sacerdotes para Deus, seu Pai" (ibidem, 6). Até este ponto quis Cristo Senhor que participassem os homens de suas grandezas!
O Evangelho (Jo 18,33b-37) também apresenta a realeza de Cristo em relação com sua Paixão e a contrapõe, ao mesmo tempo, às realezas terrenas. Tudo isto baseado no colóquio entre Jesus e Pilatos. Sempre se ocultara o Senhor às multidões, que em momentos de entusiasmo queriam proclamá-lo rei. Entretanto agora, que está para ser condenado à morte, confessa abertamente sua realeza. A pergunta de Pilatos: "Então és rei?", responde: "Tu o dizes, eu sou Rei" (ibidem, 37). Antes, porém, declarara: "Meu Reino não é deste mundo" (ibidem, 36).
A realeza de Cristo não está em função de domínio temporal algum, nem político! E, ao contrário, de domínio espiritual: consiste em anunciar a verdade, em conduzir os homens à suprema Verdade, libertando-os das trevas do erro e do pecado, "Para isto vim ao mundo - diz Jesus - para dar testemunho da verdade" (ibidem, 37). Jesus é a "Testemunha fiel" (2ª leitura) da verdade, isto é, do mistério de Deus e de seus desígnios de salvação do mundo. Veio revelá-los aos homens e testemunhá-los com o sacrifício da própria vida. Por isso, só quando está para abraçar a Cruz declara-se Rei. E, da Cruz, atrairá tudo a si (Jo 12,32).
Impressionante é que, no Evangelho de João - o evangelista teólogo - esteja o tema da realeza de Cristo constantemente ligado ao da Paixão. E que, na realidade, é a Cruz o trono régio de Cristo. Da Cruz abre os braços para apertar a si todos os homens, da Cruz governa com seu amor. Para que reine sobre nós, temos de nos deixar atrair e vencer pelo seu amor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
Cristãos leigos: Discípulos do reino de Cristo
A solenidade de Cristo Rei, no Brasil, também é comemorada como o Dia do Leigo. Os “leigos” são todos os batizados, que sem serem sacerdotes ordenados ou membros de Congregações e Institutos de Vida Consagrada, formam o imenso povo de Deus que é a Igreja.
Os batizados em Cristo (“mergulhados” em Cristo) foram agraciados pelos dons da salvação e da vida nova, que Deus concede a todos os que acolhem na fé o seu Filho Jesus Cristo. Tornam-se, assim, “discípulos do reino de Cristo e de Deus”.
Todos os batizados, enquanto vivem neste mundo e esperam a realização plena das promessas de Deus, são participantes da missão que Jesus Cristo confiou à sua Igreja: “vós sereis minhas testemunhas”.
Por isso levam o nome de “cristãos”, para serem identificados com Cristo; e participam da missão de anunciar a todos o Evangelho, de muitas maneiras. São chamados também a conformar a própria vida aos ensinamentos do Evangelho de Cristo e a crescer na vida cristã, para produzir os frutos da fé.
O papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (“A Alegria do Evangelho”, nº 180), lembra que a vida cristã não se resume numa série fragmentária de “boas obras”, mas em abraçar a “proposta do Reino de Deus”: em outras palavras, em tornar-se discípulos do Reino de Deus (cf Lc 4,43).
Portanto, os batizados são chamados a abraçar em tudo o reino de Deus, tendo sempre diante de si o reino de Deus, como referência e critério maior para tudo o que fazem e pensam: “buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo” (Mt,6,33).
Os cristãos leigos e leigas são os “missionários do reino de Deus no meio do mundo, onde vivem, trabalham, se relacionam e exercem suas múltiplas responsabilidades. Que o Espírito de Cristo os ilumine e fortaleça em sua missão!
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 24 A 30 DE NOVEMBRO DE 2014:
2ª Vm - Ap 14,1-5; Sl 23; Lc 21,1-4
3ª Vm - Ap 14,14-19; Sl 95; Lc 21,5-11
4ª Vd - Ap 15,1-4; Sl 97; Lc 21,12-19
5ª Vd - Ap 18,1-2.21-23; 19,1-3.9; Sl 99; Lc 21,20-28
6ª Vd - Ap 20,1-4.11-21,2; Sl 83; Lc 21,29-33
Sáb Vd - Ap 22,1-7; Sl 94; Lc 21,34-36
Dm Rx - 1º DOM.DO ADVENTO (ANO B). Is 63, 16b-17.19b; 64, 2b-7; Sl 79(80); 1Cor 1, 3-9; Mc 13, 33-37 (Vigilância)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O REI DOS REIS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O filme era em preto e branco, e o cinema era o saudoso Club Atlético Votorantim, meus olhos brilhavam quando meu pai me dava uns trocados no domingo de páscoa, e me dizia “tome, vá assistir o “Rei dos reis”.    O Tarzan e o Zorro, ou o mocinho dos filmes de Cowboy, eram nossos heróis que sempre se saiam bem sobre os bandidos, a gente brincava depois, tentando reproduzir o que tínhamos visto na tela mágica do cinema, e todos queriam ser os heróis vencedores. Então, o Rei dos reis, na certa contava a história de um rei poderoso e vencedor, contudo, o final do filme acabara com o meu entusiasmo, o tal Rei dos Judeus – Jesus de Nazaré – sofrera uma derrota humilhante e vergonhosa, sendo torturado pelos seus algozes até na hora da morte, além do mais nascera pobre em um estábulo, trabalhara com o pai em uma carpintaria, andava a pé e não em fogosos cavalos com sua guarda pessoal como faziam os grandes reis, e o pior, andava com pessoas de baixo nível, ladrões, prostitutas, pecadores, coisa nada recomendável para um rei. E no meu pensar de menino, comparado aos heróis da tela, o filme fora uma decepção.
Não dava nem para brincar de “Rei dos reis” com a minha turma, pois, como cantava Raul Seixas, eu também morria de medo de ser pendurado numa cruz. Era um filme onde, contrariando os demais, a força do mal havia vencido! Todos os anos eu ia assistir, na esperança de que houvesse perdido uma parte do filme, quem sabe a fita não tinha arrebentado, como as vezes ocorria com outros filmes, ocasião em que a platéia soltava uma calorosa vaia, vai ver que faltava um pedaço do filme, e assim eu alimentava a esperança de que Jesus de Nazaré saira-se vitorioso diante dos seus torturadores e poderosos que o haviam condenado.
Minha mãe era muito fervorosa em suas orações e práticas religiosas, um belo dia expus-lhe minha dúvida, se Jesus era ou não um vencedor, e se ele realmente ressuscitara, após aquela morte horrível na cruz, onde afinal havia se enfiado, que ninguém o via. Minha mãe sorriu, disse-me que com o decorrer do tempo eu iria entender, desde que continuasse a ir à igreja, escutar a santa palavra e a receber a eucaristia. Achei que a minha mãe tinha algum segredo sobre Jesus, que não queria me contar.
Comecei a segui-la sem que ela soubesse, um domingo a tarde foi ao hospital Santo Antonio, visitar uma amiga internada, levou duas maçãs, e já no quarto, abraçou e a beijou, dizendo-lhe palavras de conforto e esperança,. Na outra semana pediu a meu pai para entregar ao soldado Ranieri, uma marmita cheia de comida e pedaços de frango, para ele levar para o Chiquinho, que estava preso por bebedeira, e que não tinha mais família. Em outro dia, acolheu em nossa casa, com a permissão do meu pai, um andante (eu morria de medo de andante) ele tinha uma barba grande e estava mau vestido, meu pai lhe cedeu uma calça e uma camisa limpa, um sapato usado para seus pés descalços, ele sentou-se na mesa e almoçou com muito apetite, igual os cachorros famintos que a gente alimentava na calçada.
E em minha última espionagem, notei que ela ficou quase uma semana ajudando a cuidar de uma criança enferma, que vivia com o avô, carregando a menininha pobrezinha uns três dias, prá cima e prá baixo, levando-a na farmácia e no Posto de Atendimento. Percorria as casas rezando o terço nos meses de maio e outubro, e preferia sempre as mais pobres, para alegria das pessoas simples, que saudavam Nossa Senhora das Graças, com muita festa. Meu coração se questionava cada vez mais, onde estava o Rei dos reis, triunfante? Qual a relação desse Reino do Bem, com aquelas atitudes de minha mãe?
Lembro-me que já andava nos meus 14 anos e falava em ir para o seminário, certa tarde o Vico, marido da Nhá Jandira caiu em frente a nossa casa, esfolando o rosto na calçada, sangrando muito, sendo que meu irmão o recolheu para dentro de casa e ela, limpando o ferimento fez um curativo, lavando o rosto ferido daquele homem, e foi quando então uma luz brilhou dentro de mim, assim que ela foi para a cozinha corri atrás “Descobri mãe, descobri onde está o Jesus vencedor do mal!”. Enxugando as mãos no velho avental, ela indagou-me para que falasse logo, pois ainda tinha de preparar a janta para nós. “Ele está escondido em todas essas pessoas que Senhora ajuda, eu andei espionando tudo o que a senhora fez.”
Minha mãe sorriu, e disse-me que era mesmo verdade, que um dia o Padre Antonio explicara para o povo, o que Mateus havia escrito em seu evangelho (nos anos 60 a gente não tinha acesso a Bíblia) que em todas as pessoas que sofriam alguma dor, física ou moral, Jesus estava presente e precisava ser tratado bem, com carinho, amor e ternura. E assim desvendei o mistério de Cristo Rei, o seu reino alicerçado no amor, na justiça, na igualdade entre as pessoas é eterno, e jamais as forças do mal irão prevalecer contra ele.
É este o único critério que o evangelho desse penúltimo domingo do ano litúrgico nos coloca, para entrarmos na comunhão plena com Deus na Vida Eterna, crer na vitória da cruz, no Cristo Ressuscitado, que quer ser amado nos pobres, enfermos, idoso, crianças, encarcerados, prostituídos, nos famintos, e nos que estão nus, porque já perdeu toda sua dignidade.    Há algo que nunca contei à minha mãe, e que guardei só para mim: É que na caminhada para o calvário, havia poucas pessoas que acreditavam em seu poder e realeza, Verônica, a que enxugou o seu rosto ferido, era uma delas, quando minha mãe limpou o rosto ferido daquele Homem alcoolizado, que caira em frente a nossa casa, eu me lembrei do filme, desvendando o grande mistério “tive sede e me destes de beber, tive fome e me destes de comer, estava nu e me vestistes, preso e enfermo, e fostes me visitar”.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. O critério último da salvação é a caridade
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Neste último domingo do ano litúrgico, celebramos a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo. Enquanto Rei, e como tal, Jesus Cristo é o pastor que reúne, cuida e conduz às boas pastagens o rebanho de Deus. A sua vida e a sua presença gloriosa (Mt 28,20) iluminam o ser humano, fazendo com que cada um esteja diante da verdade de si mesmo.
O profeta Ezequiel, contemporâneo do profeta Jeremias, foi com os exilados para a Babilônia. Papel fundamental do profeta Ezequiel foi o de exortar o povo para que não caísse no desânimo e confiasse que Deus, que nunca os havia abandonado, iria reconduzi-los à terra de Israel.
Diante da infidelidade dos pastores de Israel que apascentavam a si mesmos e abandonaram o rebanho (Ez 34,1-10), Deus mesmo promete apascentar, cuidar e curar das feridas o seu rebanho. Deus, o pastor de Israel, promete, Ele mesmo, reunir as ovelhas que foram dispersas por causa da maldade daqueles que tinham por missão cuidar do povo de Deus.
O evangelho de hoje é uma parábola no contexto do discurso escatológico (24–25). De certa forma, essa parábola resume todo o evangelho e, particularmente, é um resumo dos capítulos que integram o discurso escatológico. A manifestação definitiva do mistério do Reino de Deus se dará em gestos pequenos, simbólicos e significativos. Alguns desses gestos, como os elencados em nosso texto, fazem parte de nossa vida cotidiana: dar de comer aos que têm fome, de beber aos que têm sede, vestir os que estão nus etc.
O que é dito no texto vale não somente para os cristãos, mas para todo ser humano que vive neste mundo. É bastante provável que Ez 34,17-22 tenha servido de inspiração para esse discurso escatológico. Lá também encontramos a separação de ovelhas, carneiros e bodes pelo pastor.
A separação, ou juízo, é feita em razão da vida vivida na caridade ou pela indiferença diante do sofrimento e necessidade alheios. Somente o olhar penetrante do pastor, do Filho do Homem, que ultrapassa as aparências, pode com verdade conhecer a situação de cada um e o que se é de fato.
Se o texto fala de condenação, é para fazer apelo a viver no amor que exige o serviço ao semelhante. O critério último da salvação, que é dom de Deus, não é a fé, mas a caridade.
ORAÇÃO
Pai, coloca no meu coração um amor entranhado pelos que são teus preferidos. É por meio deles que chegarei a ti.
3. CRISTO REI DO UNIVERSO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Temos neste texto do evangelho de Mateus uma das páginas mais expressivas no sentido de indicar que a comunhão com os excluídos e oprimidos é a própria comunhão com Jesus e com Deus.
Na solidariedade com os excluídos, os famintos, os sedentos, os sem teto, os nus, os doentes e os presos, encontramos com o próprio Jesus, realizando-se, assim, a sua "vinda na glória".
A promoção da vida é a comunhão com Jesus em sua vida divina e eterna, em qualquer tempo e em qualquer povo. Desde a sua criação, os homens e as mulheres foram predestinados a participar da vida eterna, através da prática do amor e do serviço.
Nas comunidades, o verdadeiro "pastor" (primeira leitura) é aquele que se dedica ao serviço em atender as necessidades de todos, estando atento a cada um.
Quem se dedica ao cultivo da vida está vencendo a morte e promovendo a ressurreição (segunda leitura). .Fonte:NPD Brasil/CBM
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