15 novos cardeais eleitores e outros cinco não eleitores foram nomeados.
Papa emérito Bento XVI teve lugar de destaque no altar.
O Papa Francisco realizou neste sábado (14) o consistório ordinário público para a criação de 15 novos cardeais eleitores e outros cinco não eleitores na Basílica de São Pedro do Vaticano.
O ato começou com uma saudação do primeiro dos novos cardeais, Dominique Mamberti, de agradecimento ao pontífice.
Entre os presentes ao consistório, em um lugar destacado à esquerda do altar está o papa emérito Bento XVI, a quem Francisco cumprimentou e deu as mãos antes de se dirigir ao lugar onde se veneram os restos mortais de São Pedro, para onde inclinou a cabeça em gesto de oração.
Este é o segundo consistório do pontífice argentino, que nomeia hoje cardeais de países que nunca os tiveram.
Só dois são italianos, embora a Itália continue sendo o país mais representado no Colégio cardinalício. Os novos cardeais são de Etiópia, Vietnã, Nova Zelândia, Mianmar, Tonga e Cabo Verde, entre outros.
Forte senso de Justiça
Francisco disse aos novos cardeais que eles devem ter um "forte sentido da Justiça", e pediu que pratiquem a caridade e a "amar sem limites com fidelidade às situações particulares'.
Francisco disse aos novos cardeais que eles devem ter um "forte sentido da Justiça", e pediu que pratiquem a caridade e a "amar sem limites com fidelidade às situações particulares'.
O pontífice disse que quem assume essa distinção deve ter "um forte sentido da Justiça, de modo que não aceite nenhuma injustiça".
O papa argentino disse antes de colocar o capelo cardinalício e dar a eles o anel que os distingue como "príncipes da Igreja" que a "caridade" tem que ser a pauta de seu trabalho.
Francisco destacou que caridade significa ser magnânimo e benevolente: "a magnanimidade é, em certo sentido, sinônimo de catolicidade, é saber amar sem limites, mas ao mesmo tempo com fidelidade às situações particulares e com gestos concretos".
O papa pediu que "queiram o bem, sempre e para todos, inclusive para os que não nos amam".
Ele advertiu que os cardeais não estão imunes à tentação da inveja e do orgulho e para vencê-la reiterou sua apelação à caridade.
O papa afirmou que o cardinalato é "uma dignidade, mas não uma distinção honorífica" e lembrou aos cardeais que "a Igreja que está em Roma" tem um papel exemplar e seu fim é a caridade, mas também tem esse objetivo "toda Igreja particular, em seu âmbito".
Ele alertou os cardeais em sua homilia contra o perigo de enfurecer e ponderou que, "embora seja possível entender uma irritação momentânea que passa rápido, não o rancor".
Por último, o pontífice lembrou aos novos purpurados que devem ser "incardinados e dóceis"; "incardinados na Igreja que preside na caridade, dóceis ao Espírito Santo, que derrama em nossos corações o amor de Deus".
Em seguida o papa Francisco criou um a um aos novos cardeais.
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