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domingo, 17 de maio de 2015

CIDADE COM 4 MIL HABITANTES REGISTRA NÚMERO INCOMUM DE GÊMEOS.


Oito gestações de gêmeos foram registradas em pouco mais de um ano. 
Nos últimos 20 anos, foram vinte registros nascimentos em João Ramalho. 

Do G1 Bauru e Marília

Ninguém sabe ao certo o porquê, mas em João Ramalho (SP) o número de nascimentos de crianças gêmeas é incomum. Atualmente, pelo menos três moradoras da cidade estão à espera de gêmeos. Sem falar que há dois meses, outra gestante deu à luz a duas meninas. Bastante para um município de apenas 4 mil habitantes. Nos últimos 20 anos, o cartório de João Ramalho registrou 20 gestações de gêmeos, ou seja, pelo menos um nascimento assim por ano. 
Patrícia deu à luz a duas meninas há cinco meses  (Foto: Reprodução / TV TEM)Patrícia deu à luz a duas meninas há cinco meses
(Foto: Reprodução / TV TEM)
Há cinco meses, Gabriela e Isabela transformaram a vida da feirante Patrícia Pacífico Soares, que já tinha o João Vitor, de cinco anos. “Quando eu fiz o ultrassom com três meses fiquei sabendo que eram duas crianças, mas ainda não sabia o que era. Apesar de eu ter uma irmã gêmea, nunca imaginava que teria porque todo mundo falava que gêmeo não tem filhos gêmeos”, conta.
Elas moram em João Ramalho, cidadezinha pacata, de quatro mil habitantes, que nos últimos tempos tem vivido uma situação no mínimo curiosa entre as gestantes. Ganhar dois presentes tão lindos não é um privilégio só da Patrícia não. Isso porque a cidade vive uma espécie de explosão de nascimento de gêmeos.

A dona de casa Ana Lucia Marques já tinha dois filhos, mas insistiu com o marido para ter mais um. Tentaram durante meses e parecia que não ia dar certo. Foi quando veio a surpresa, que só não foi maior do que a alegria de ter engravidado outra vez.
“Quando eu fiz o ultrassom e descobri que eram gêmeos a cabeça dá aquela pirada. Fui buscar informações, chorei por uns três dias porque eu realmente fiquei preocupada”, destaca.

Já para estudante Tatiana Pereira dos Santos, os filhos nem estava nos planos, ainda mais gêmeos. Agora, ela não vê a hora de ter nos braços a Maria Luiza e a Manuele Vitória. “É um susto. A gente pensa como vai cuidar de duas crianças, ainda mais sendo mãe de primeira viagem. A gente pensa muito em tudo isso”.
Tatiana e Ana Lúcia também estão grávidas de gêmeos (Foto: Guilherme Tavares/ TV TEM)Ana Lúcia (de branco) e Tatiana também estão grávidas de gêmeos (Foto: Guilherme Tavares/ TV TEM)
E não só as duas não que esperam uma duplinha. Tem ainda uma terceira futura mamãe que aguarda ansiosamente duas meninas na cidade. Paula Rodrigues Juarez já era mãe da Valentina quando ficou grávida de Maria Luiza e Maria Tereza. O plano de engravidar de novo deu certo, só que o ultrassom quase matou o marido de susto.
“Ele ficou chocado, a pressão foi lá em cima, precisava doar sangue no dia e ele não conseguiu, quase que o médico me tira da maca para colocar ele. Foi um susto muito grande”, conta a assistente administrativa. “Foi uma surpresa grande. Eu tinha caso de gêmeos na família, mas nenhum primo mais próximo tinha tido e eu fui o sorteado”, brinca o paizão, Anderson Dias da Cunha, que é funcionário público.
Mônica e o marido ficaram surpresos com a gravidez de gêmeos  (Foto: Reprodução / TV TEM)Paula e o marido ficaram surpresos com a
gravidez de gêmeos (Foto: Reprodução / TV TEM)
Oito gêmeos em um ano e meio 
Em um ano e meio são oito mamães grávidas de gêmeos. Como a cidade é pequena, fica fácil conhecer os casos. A Mônica e o Rodrigo sabiam de vários casais, mas não sonhavam em ganhar bebês em dose dupla.
A Ana Clara e a Ana Beatriz estão com dois meses. “A gente já imaginava, falava que quando engravidasse poderiam vir dois nenês, então não foi uma surpresa tão grande, porque a gente queria. Na minha família, tem o meu irmão que tem duas meninas gêmeas também e na família dele tem a avó que teve duas gestações de gêmeos”, afirma Mônica Vieira da Silva.
Mônica e Rodrigo já desejavam a gestação de gêmeos (Foto: Guilherme Tavares/ TV TEM)Mônica e Rodrigo já desejavam a gestação de
gêmeos (Foto: Guilherme Tavares/ TV TEM)
Elas são pequeninhas e precisam de cuidado redobrado. O papai babão é o mesmo que agora procura horário pra colocar o sono em dia. “Por mais que seja cansativo, é muito gratificante. Elas choram e você corre para ver o que está acontecendo, faz parte, o sono a gente deixa para depois”, conta o mecânico de colheitadeira.
A maior parte dessas duplinhas passou pelo consultório da médica Dulce Boin Mathias, que trabalha há 28 anos em João Ramalho. O difícil mesmo é explicar com exatidão o quê tem acontecido em João Ramalho, mas a médica arrisca que talvez esteja no abastecimento na cidade. “Vai ver é água”, brinca.

Ela garante que antigamente eram ainda mais comuns as gestações de gêmeos. “Nós temos uma comunidade mais restrita de afro-descentes que tinha uma incidência muito maior de gêmeos, eu não tenho os dados exatos contabilizados, mas era uma incidência muito maior que registramos hoje, porque eles viviam em uma comunidade mais restrita e havia muitos casamentos entre pessoas com algum parentesco. Era bem mais alto, embora ainda hoje seja um registro grande, considerando o tamanho da cidade”, explica.
Em 20 anos, foram registrados 20 nascimentos de gêmeos em João Ramalho  (Foto: Reprodução / TV TEM)Em 20 anos, foram registrados 20 nascimentos de gêmeos em João Ramalho (Foto: Reprodução / TV TEM).https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2556864432713944326#editor/src=header

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